Manuela não era nenhuma artista conceituada e conhecida no mundo das artes.
Realizava seu trabalho com dificuldades financeiras, afinal necessitava de vários itens para pintar um tela: pincéis, tintas, paleta, solventes, espátulas, cavalete e a própria tela.
Porém, exercitava sua arte com muito amor e esmero.
Além disso, talento não lhe faltava. Gostava de misturar as cores, ficar suja de tinta e ao finalizar um trabalho, sentia um enorme prazer.
Aliás, seu melhor material de trabalho era sua imensa paixão pela pintura.
Produzia quadros com paisagens exuberantes, igrejinhas bucólicas, casebres rústicos, arriscava alguns rabiscos de animais, mas seu dom era mesmo direcionado para delinear mulheres.
AH! Como Manuela gostava de traçar silhuetas femininas.
Cada pincelada, dava vazão aos diversos perfis que existiam em sua alma feminina.
Era assim que ela transportava e exteriorizava seus mais íntimos desejos, pintando mulheres elegantes, arrojadas, tímidas, apaixonadas, vacilantes, glamorosas, ..., enfim Manuela criava personagens que ela mesma gostaria de ser.
E era justamente isso que tornava suas telas únicas, inusitadas e cheias de charme.
Embora ainda não fosse possível viver apenas da pintura, tinha plena convicção da sua capacidade e competência.
Estava apenas á espera de uma oportunidade de ver sua vocação reconhecida.
E no momento oportuno, não desperdiçaria a chance de entrar para o rol da fama.
Eis minha participação no Momento de Inspiração,
da amiga Irene, do blog
Para ver outras participantes,
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Bjs.: